quinta-feira, 29 de setembro de 2011

INTERCÂMBIO DE EXPERIÊNCIAS NO TERCEIRO DIA DO ENAFOR


      
       Num dos dias mais ricos do 3º Enafor, ontem (28 de setembro) aconteceram os intercâmbios de experiências, quando foram partilhadas vivências, jeitos, estratégias e caminhos que vão ajudar a fortalecer a prática sindical, articulada ao Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – PADRSS.

      Os intercâmbios revisitaram as experiências a partir de mosaicos apresentados no palco principal do evento. Cada um deles contava a história e jeito de fazer e as perspectivas de cada grupo sobre o futuro da formação no Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR.

       Os primeiros a se apresentar mostraram como acontecem os Grupos de Estudos Sindicais – GES em todo o país. Com muitas palmas, aplausos e palavras de ordem eles deram seu recado: “Mostramos em nosso painel que o GES é uma obra aberta, que convida a inovar, a transformar”.

       Em seguida, ainda sobre o GES um segundo mosaico destacou: “Estávamos acorrentados à nossa individualidade. A Enfoc chega para nos libertar para o comunitário. Agora, pensamos como coletivo, traçamos nossas pegadas e colhemos nossos frutos, sempre pautados no PADRSS”.

      Encerrando o intercâmbio sobre os Grupos de Estudos Sindicais, os depoimentos foram claros: “Tudo começa pelo GES e nos leva à Enfoc. O GES atua na formação do sujeito e na sua qualificação. Ele nasce das rodas coletivas, em cada Estado e expressam o campo e o respeito à diversidade”.

       Falando sobre o Programa Jovem Saber, o quarto grupo narrou suas experiências: “Nos vimos no Programa Jovem Saber. Avançamos nas cooperativas de produção e comercialização através do programa, que transformou a vida de milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais com empoderamento, formando novas lideranças sindicais”.

     O Programa Jovem Saber também foi tema do quinto grupo: “Através do Programa Jovem Saber adquirimos respeito junto à comunidade e entendemos a importância de nossa permanência no campo. O programa é uma conquista da juventude rural e uma ferramenta de combate ao êxodo rural”.

      O mural sobre negociação coletiva tratou da experiência com assalariados e assalariadas rurais: “Discutimos os cursos de negociação salarial em todo o país e sua importância para os trabalhadores e trabalhadoras rurais. Antes dos cursos não sabíamos sequer como negociar com os patrões”.

     O grupo Educação do Campo e Programa Nacional de Educação Rural – Pronera apresentou como estas experiências se realizam: “Analisamos nossos desafios, dificuldades, obstáculos e estratégias de superação. Também vimos como as práticas formativas dialogam e podem contribuir com nosso processo formativo. Daí, concluímos que só é possível construir a Educação do Campo conhecendo e respeitando os sujeitos e saberes - sabores, coletivamente, através de uma educação para todos e todas do campo brasileiro”.

     Ainda sobre o tema Educação do Campo e Pronera, outro grupo fez sua análise: “Temos como um de nossos maiores desafios o reconhecimento de outras instituições e da sociedade brasileira aos cursos de educação do campo. A educação para nós é a árvore que nos dá muitos frutos e uma rede que entrelaça a todos. Hoje, percebemos a importância tanto da enxada, quanto da caneta. O conhecimento nos liberta das correntes da ignorância”.

      Citando nominalmente uma a uma todas as cooperativas, o nono grupo resumiu sua vivência sobre Economia Solidária e Cooperativas do Sistema Contag com palavras de ordem: “Esse é o caminho a seguir. Vem conosco!”, convidando o público presente a cantar: “Essa ciranda não é minha, não. Ela é de todos nós”.

      As questões relacionadas ao sujeito do campo e à reforma agrária foram mostradas no grupo sobre Organização Social e/ou Produtiva de Projetos de Assentamento de Reforma Agrária: “Representamos cinco regiões, com olhar e pensamentos diferentes, além de uma forma diversa de pensar a sustentabilidade da produção. Mas, em comum o fato de que entendemos que a reforma agrária é a principal bandeira de luta do MSTTR. Porque sem terra não há produção. Terra é vida. Reforma Agrária, já!”.

     O 11º grupo surpreendeu a todos, apresentando um painel vazio: “Até a metade do dia nosso painel estava assim, sem nada”. Logo depois, mostraram a outra face do mosaico que, segundo eles, fora construído aos poucos, com amor e força, na outra parte do tempo: “Uma certeza nós agora temos, a de que nosso Programa Nacional de Formação e Estudos Sindicais (PNFES) tem contribuído com a produção de novas lideranças e que devemos valorizar nosso movimento sindical, nossa Enfoc e o nosso PNFES”.

      Finalizando as apresentações, o 12º grupo relatou a vivência com o Projeto de Formação de Multiplicadoras (es) em Gênero, Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos: “Os multiplicadores nos fizeram ver nossos direitos no acesso à saúde, independentemente de cor, raça ou religião. Caminhamos e pudemos consolidar políticas públicas de saúde para o campo. Precisamos muito protagonizar essa história, dando continuidade ao processo de superação dos desafios que dependem de nossa força e coragem. Assim, teremos soberania e qualidade de vida”.

      No início da tarde aconteceu um painel coordenado pela secretária de Jovens da Contag, Elenice Anastácio sobre Campo, Sujeito, Identidade e Ações Afirmativas, apresentado por Socorro Silva, da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG e Joana Santos, do Núcleo de Estudos Negros – NEN.

      Socorro Silva abriu os debates, falando sobre o campo como espaço socialmente construído, as características dos modelos hegemônico (agronegócio, patronal, comercial) e da agricultura familiar (abrigo, sobrevivência, identidade), a constituição da identidade camponesa, o debate contemporâneo “do” e “sobre” o rural, a multiterritorialidade contemporânea, o processo da (re)territorialização, o conceito de identidade, identidades (atribuídas e auto-atribuídas) e identidade coletiva.

      Em seguida, Joana Célia dos Passos levantou questões como: “Quem são os homens e mulheres que vivem no campo? A que grupos étnicos-raciais pertencem? Que trajetórias de igualdades ou desigualdades possuem?”, para logo depois falar de conceitos como ações afirmativas, cotas e fazer uma análise histórica do racismo, desigualdades sociais e os movimentos sociais, encerrando com mais um questionamento: “É possível viver plenamente a condição humana e tecer novas sociabilidades sem reconhecimento dos pertencimentos étnicoraciais, de gênero, geracionais, sexuais e de classe?

       Ao término das atividades do dia, grupos regionais se apresentaram na Noite Cultural, garantindo a animação do Enafor.

     O 3º ENAFOR é uma iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, Federações de Trabalhadores na Agricultura – FETAGs, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STTRs e apoio de várias organizações parceiras que atuam no campo, tendo por objetivo refletir sobre a contribuição da formação para o fortalecimento da luta dos trabalhadores rurais, suas organizações sindicais e para a superação dos desafios da classe trabalhadora na atualidade. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

UM DIA INTENSO DE TRABALHO E REFLEXÕES MARCA AS ATIVIDADES DO 3° ENAFOR


Durante toda a manhã de hoje (27 de setembro) o público presente no 3º Encontro Nacional de Formação – ENAFOR teve a oportunidade de participar de trabalhos regionais de diagnóstico e reflexão sobre as estratégias e caminhos da formação no Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR nos próximos anos, seguidos de um grande debate sobre a Pedagogia para uma nova Sociabilidade e da apresentação das experiências da Escola Nacional de
Formação – Enfoc, da Contag e Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF, do MST.

“Não encontramos em nenhum outro lugar do mundo experiências como as que são desenvolvidas por nossas escolas de formação”, registra Alessandra Lunas, vice-presidente da Contag e secretária de Relações Internacionais, mediando a mesa de debates sobre as experiências das escolas de  formação da Contag e do MST. Emiliano Palmada, coordenador de educação popular do Instituto Paulo Freire iniciou a discussão com uma reflexão sobre a concepção freiriana de educação emancipatória e os atuais desafios dos movimentos sociais face à conjuntura atual na América Latina, mais especificamente no Brasil.

Vanderlúcia, da Escola Nacional Florestan Fernandes falou sobre educação e formação de quadros no MST, relembrando os primeiros assentamentos e a luta por escolas e o processo de construção da  ENFF, cujo princípio básico reside na “solidariedade dos povos que lutam para romper as cercas do latifúndio da ignorância, num mundo socialmente justo”. Sobre a organização da ENFF, ela explica que a mesma é comunitária privada, conta com uma equipe composta por 12 militantes e educadores, recebe apoio das coordenações e militantes dos cursos que passam pela escola e se sustenta com as doações de assentamentos e parceiras, articulando-se com seus Centros de Formação existentes em mais de 24 Estados.

Juraci Moreira Souto, secretário de Organização e Formação da Contag, falou sobre a experiência da  Escola Nacional de Formação da Contag – ENFOC, contextualizando-a histórica e politicamente. Ele explicou o porquê e para quê de uma escola de formação para o trabalhador e trabalhadora rural: “A Enfoc surge para formação de nossa base. Nesse cenário, formamos equipes de educação sindical, pautadas no Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário –

PADRSS”.

Segundo Raimunda Oliveira - Mundinha, coordenadora pedagógica da Enfoc, a escola existe hoje  envolvendo o Sistema Contag, de abrangência nacional e que conta com suas peculiaridades, composto pelas Federações de Trabalhadores na Agricultura – FETAGs estaduais e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STTRs. “Nosso grande desafio é o de chegar a cada canto do país, sempre respeitando a diversidade, cultura e história das comunidades rurais”, explica Mundinha.
Ainda segundo ela, entre as estratégias da Enfoc está a formação de educadoras (es), atingir a diversidade de púbicos, a visão política de considerar os conteúdos da atuação militante com seus respectivos projetos em disputa, a geração de conhecimento e a multiplicação criativa. A coordenadora explica também que a matriz pedagógica da Enfoc passa por dois eixos: um pedagógico e trata da  memória, identidade e pedagogia para uma nova sociabilidade. O outro eixo, temático, trata da ação sindical e desenvolvimento rural sustentável e solidário.

Dando continuidade às atividades do evento, no período da tarde foi realizado um breve diagnóstico  sobre as práticas formativas do MSTTR e a socialização das experiências: Mutirão da Cidadania, Orçamento Participativo, Semana Sindical e Formação de Delegados de Base. À noite os participantes visitam a Feira de Saberes e Sabores.

O 3º ENAFOR é uma iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, Federações de Trabalhadores na Agricultura – FETAGs, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STTRs e de várias organizações parceiras que atuam no campo, tendo por objetivo refletir sobre a contribuição da formação para o fortalecimento da luta dos trabalhadores rurais, suas organizações sindicais e para a superação dos desafios da classe trabalhadora na atualidade.

ABERTURA DO 3º ENAFOR ACONTECE EM CLIMA DE COMEMORAÇÃO


      “Semeando sonhos e colhendo realidades, sem vergonha de ser feliz”. Nesse clima foram abertos os trabalhos do 3º Encontro Nacional de Formação – 3º ENAFOR. Luziânia, município de Goiás, sedia o evento, que acontece de hoje até sexta (26 a 30 de setembro), quando cerca de 600
lideranças sindicais do Brasil e de outros países da América Latina discutem
os processos formativos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

      Compondo a mesa de abertura, o Presidente da Contag, Alberto Broch e o secretário de Organização e Formação da Contag, Juraci Moreira Souto, a secretária de Meio Ambiente da CUT e secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro e demais representantes da CTB e CUT, das Secretarias de Desenvolvimento Territorial e de Reordenamento Agrário (ambas do Ministério do Desenvolvimento Agrário), além de representantes de organizações internacionais, universidades, INCRA, Pronera e Programa Nacional de Reforma Agrária.

      Fazendo uma retrospectiva histórica, Alberto Broch lembra que a formação  sindical vem de um longo tempo, quando nos anos de chumbo a Contag já fazia seus programas de formação sindical e destaca, na atualidade, o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – PADRSS que, segundo ele, é o grande projeto político do MSTTR para o Brasil e para o campo e a criação da Escola de Formação da Contag – ENFOC como fruto do processo de capacitação e formação sindical. “Vamos nesses dias pensar, repensar e propor a formação no Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, fortalecendo assim a nossa Contag”.

      Para Juraci Moreira o ENAFOR demarca, desde sua primeira edição (2005), uma nova caminhada. “A cada encontro percebemos a importância de uma formação que seja articuladora do movimento sindical rural, no fortalecimento de nossas ações políticas”. Segundo ele, a formação política deve ser capaz de fomentar nas lideranças o desejo de ser militante: “Nossas lideranças precisam perceber a importância da qualificação na conquista de nosso projeto alternativo de desenvolvimento para o campo”.

      Os primeiros 223 grupos de base começaram a chegar para o Enafor logo pela manhã e, segundo os dados, já são cerca de 500 participantes inscritos no encontro. Muitos ainda são aguardados para amanhã.

      Para o final da tarde está previsto um balanço inicial sobre a formação do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR e reflexões sobre as estratégias e caminhos da formação para os próximos anos. Como metodologia, num primeiro momento será realizado um trabalho em grupo por Estado para construção desse diagnóstico, a partir das práticas formativas das federações. Em seguida, as regiões desenvolvem trabalhos em grupo para dialogar sobre essas práticas formativas e construção de uma análise geral. Uma síntese nacional feita pela equipe de sistematização encerra os trabalhos do dia. À noite, a dupla João Belo e Suzi, do Projeto Semeador de Sonhos,  anima a programação cultural do primeiro dia.

       Prestigiando o 3º Enafor, também presentes os secretários da Contag: Alessandra  Lunas (vice-presidente e Relações Internacionais), Antonio Lucas (Assalariados - as Rurais), Aristides Santos (Finanças e Administração), Maria Elenice Anastácio (Jovens), Rosicléia dos Santos (Meio Ambiente), William Clementino (Política Agrária), José Wilson (Políticas Sociais), Natalino Cassaro (Terceira Idade) e Antoninho Rovares (Política Agrícola).

    O 3º ENAFOR é uma iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, Federações de Trabalhadores na Agricultura – FETAGs,  Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STTRs e de várias  organizações parceiras que atuam no campo, tendo por objetivo refletir sobre a  contribuição da formação para o fortalecimento da luta dos trabalhadores  rurais, suas organizações sindicais e para a superação dos desafios da classe trabalhadora na atualidade. 
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIRETORIA DA CONTAG DISCUTE ÚLTIMOS ENCAMINHAMENTOS PARA O ENAFOR



Durante a tarde hoje (20 de setembro) a diretoria da Contag esteve reunida para discussão dos últimos encaminhamentos para o Encontro Nacional de Formação – 3º ENAFOR e o fechamento de questões
operacionais da atividade.

Na ocasião, o secretário de Formação e Organização Sindical, Juraci Moreira Souto, apresentou as sugestões de nomes dos coordenadores das mesas para o evento, além de encaminhar as definições dos intercâmbios de experiências a serem apresentadas. “Os grupos vão dialogar, inicialmente, por experiências em comum, num processo de troca. Isso vai contribuir para que todas as experiências compartilhem sua prática pedagógica. Num segundo momento, teremos um olhar sobre essas experiências no todo”, explica Juraci. Ele anuncia ainda que já são 233 as experiências de base inscritas. Em seguida, o secretário fez os demais encaminhamentos políticos para o ENAFOR.

Diversas organizações de Educação do Campo já confirmaram participação no ENAFOR, a exemplo da Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Sem Terra – MST e o Instituto Paulo Freire.

O ENAFOR acontece de 26 a 30 de setembro de 2011, em Luziania – GO, numa iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, através da secretaria de Formação e Organização Sindical e tem por objetivo refletir sobre a contribuição da formação para o fortalecimento da luta dos trabalhadores rurais, suas organizações sindicais e para a superação dos desafios da classe trabalhadora na atualidade.





Postado Por: Paulo José - Assessoria da FETARN

ENAFOR


         
               Na semana que antecede o 3° Encontro Nacional de Formação – 3° ENAFOR, que acontece de 26 a 30 de setembro, em Luziania – Goiás, a programação das atividades já começa a ser divulgada.

                       O encontro se inicia com um diagnóstico sobre a formação desenvolvida pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - MSTTR, através de trabalhos em grupo. No dia seguinte, uma Conferência será mediada por Pedro Pontual, educador popular, com participação de um representante da Escola Nacional Florestan Fernandes e da Escola Nacional de Formação da Contag - ENFOC.
            A troca de experiências, permitindo que os grupos dialoguem por
experiências em comum, acontece no terceiro dia do ENAFOR, seguido de um
segundo momento, com um olhar sobre essas experiências no todo, numa espécie de mosaico geral. Uma feira de Saberes e Sabores dará vida ao momento de fechamento do conhecimento compartilhado.
            Dando sequência ao encontro de formação, na quinta (29) cerca de 15 oficinas pedagógicas vão trabalhar o processo formativo através de diferentes linguagens da educação popular: teatro, música, poesia, dança e contos, pautadas nas metodologias participativas. À tarde, um painel de debates sobre as experiências internacionais e a importância do processo de sistematização ocorre com entidades parceiras de países como o Equador, Nicarágua, Chile, Peru, Paraguai e outros, moderado pela Confederação de Organizações de Agricultores Familiares do Mercosul Ampliado - COPROFAM e Conselho de Educadores de Adultos da América Latina - CEAAL. Ainda nesse dia duas publicações serão lançadas: o ALMAnaque, produzido pelos educadores oriundos da primeira turma nacional da ENFOC e o livro Multiplicação Criativa, um Entrelaçar de Práticas e Saberes, este último produzido pelos educandos da segunda turma nacional da ENFOC. Ambas as publicações estarão disponíveis na página da ENFOC logo após o evento.
            Encerrando as atividades do ENAFOR, o último dia será o grande momento do encontro, quando serão apresentadas as diretrizes para a formação do MSTTR.
            O ENAFOR é uma iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG e tem por objetivo refletir sobre a contribuição da formação para o fortalecimento da luta dos trabalhadores rurais, suas organizações sindicais e para a superação dos desafios da classe trabalhadora na atualidade.

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Postado Por: Paulo José - Assessoria da FETARN

terça-feira, 20 de setembro de 2011

DILMA ROUSSEF APRESENTA COMPROMISSOS COM A MARCHA DAS MARGARIDAS


A presidenta Dilma Roussef apresentou a resposta do governo federal à pauta da Marcha das Margaridas, durante ato político de encerramento da Marcha, realizado no dia 17 de agosto, no Pavilhão do Parque da Cidade em Brasília.
Dilma afirmou: “muitas das demandas foram acatadas, outras demandas nós vamos continuar a conversa, porque o principal resultado dessa Marcha das Margaridas, eu quero destacar aqui, é a continuidade do diálogo, do respeito entre vocês e o governo federal, iniciada ainda pelo nosso Presidente Lula. Eu me comprometo aqui com vocês a dar continuidade a esse diálogo respeitoso e companheiro, e também quero dizer que pretendo cada vez mais ampliar o atendimento às justas reivindicações das mulheres trabalhadoras, essas guerreiras, chamadas de uma forma tão singela, mas tão forte, de Margaridas”.

A Presidenta repassou a Carmen Foro, Secretária de Mulheres da Contag e coordenadora geral da Marcha das Margaridas, o Caderno de Respostas contendo de forma detalhada a resposta a cada item da pauta, e destacou em seu discurso um conjunto de compromissos, que apresentamos a seguir, organizando-os por eixo da Plataforma.

TERRA, ÁGUA E AGROEOLOGIA
  • Criação de grupo de trabalho, com a participação dos movimentos sociais, para discutir o tema do acesso a terra no Brasil;

  • Elaboração do diagnóstico sobre os assentamentos existentes no Brasil;
  • Garantias de acesso à habitação, à água, energia elétrica, serviço de educação e saúde nos assentamentos rurais;

  • Apoio a estruturação produtiva dos assentamentos com acesso ao crédito, assistência técnica e garantia de comercialização;
  • Ampliação do valor do Crédito Apoio Mulher para três mil reais, desembolsados em uma única parcela;


  • Adoção da titulação conjunta nos imóveis rurais obtidos por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF;
  • Ampliação da PAIS - Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, com aumento da sua dotação orçamentária, participação do Banco do Brasil, BNDES e Sebrae e sua integração ao Programa Brasil Sem Miséria, como ação prioritária de inclusão produtiva das mulheres rurais;
  •  Criação de um Grupo Especial de Trabalho, com a participação de segmentos sociais e das organizações de mulheres para elaborar o Programa Nacional de Agroecologia.

SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
  • Compromisso em assegurar a participação das organizações de mulheres como representantes da sociedade civil no conselho de alimentação escolar;
  • Adoção de medidas para ampliar parceria com os municípios e estados, visando o aumento no fornecimento dos produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar;
  • Ampliação do limite de comercialização por família no Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, de R$9 mil para R$20 mil;
  • Fortalecimento da organização produtiva com a garantia de um percentual do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, a ser destinado aos grupos produtivos de mulheres.

AUTONOMIA ECONÔMICA, TRABALHO E RENDA
  • Garantia de inclusão de no mínimo 30% das mulheres como beneficiárias do Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER;
  • Ampliação da participação das mulheres no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura - Pronaf, e garantia da destinação de 30% por cento do total de recursos disponíveis para uso exclusivo das mulheres;
  • Implantação de três unidades fluviais para atender à Região Amazônica no  âmbito do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural –PNDTR.

EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA, SEXUALIDADE E VIOLÊNCIA
  • Criação de um grupo de trabalho interministerial para discutir critérios para implantação de creches no campo, com o objetivo de oferecer as crianças que vivem nas comunidades rurais creches públicas e com qualidade;
  • Avanço na construção de um efetivo Programa de Educação do Campo com qualidade e métodos específicos e adequados à situação rural, que atenda a todos os segmentos do mundo rural e garanta o acesso aos livros didáticos, a alfabetização de jovens e adultos e a oferta de cursos profissionalizantes;
  • Compromisso com ampliação das ações de enfrentamento a violência contra as mulheres do campo e da floresta e  punição para os agressores;
  • Implantação de 10 unidades móveis com serviços de atendimento para as mulheres do campo e da floresta em situação de violência.

SAÚDE E DIREITOS REPRODUTIVOS
  • Construção do mapa da saúde das populações do campo e da floresta;
  • Elaboração de um Plano Integrado de Vigilância em Saúde, em especial para as populações que se encontram expostas aos agrotóxicos;
  • Construção de 16 unidades básicas de saúde fluviais, sendo oito unidades ainda este ano e oito em 2012;
  • Implantação de 10 centros de referência em saúde do trabalhador, voltados para trabalhadores e trabalhadoras do campo e da floresta;
  • Implementação da Rede Cegonha para reduzir a mortalidade materna das mulheres do campo e da floresta e aprimorar o atendimento aos recém nascidos;
  • Realização da campanha nacional de prevenção ao câncer de colo de útero e de mama para as mulheres do campo e da floresta.

 Ao final, a Presidenta Dilma divulgou a criação de um grupo interministerial, com a participação das mulheres do campo e da floresta, para acompanhar a agenda de compromissos, com reuniões semestrais, a partir de outubro deste ano.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

MSTTR NA 3ª Conferencia Estadual da Terceira Idade

O MSTTR através da Secretária da Terceira Idade do RN Divina Maria e dos delegados eleitos na base representando os STTR´s, participaram nos dias 14 e 15 do corrente da 3ª Conferencia Estadual da Terceira Idade.
O evento tem como objetivo propor melhorias para a terceira idade do RN e a escolha de delegados e delegadas que iram participar em Brasilia-DF, em novembro de 2011, da 3ª Conferencia Nacional da Pessoa Idosa.
Para a Sra. Divina Maria o MSTTR precisa se empoderar mais das discussões e participar dos conselhos municipais e ter acento nato no Conselho Estadual do Idoso.



Postado Por: Paulo José - Assessoria da FETARN

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

3ª PLENÁRIA NACIONAL DA CONTAG

  
Oficina do Alto Oeste
 
Oficina do VAle do Assú / Mossoró
            De 08 a 14 de setembro  a FETARN estará fazendo os encontros regionais com os sindicatos para a escolha dos delegados e das delegadas que irao participar da 3ª terceira plenária nacional da CONTAG que ocorrerá em Brasilia-DF no mes de outubro.
             O cronograma dos encontros esta definido da seguinte forma:
08/09 - Alto Oeste Potiguar - em Pau dos Ferros
09/09 - Médio Oeste e Vale do Assú/Mossoró - em Mossoró
13/09 - Seridó - em Caicó
14/09 - Grande Natal / Mato Grande / Central / Canavieiro e Trairí - em Natal
15/09 - Reunião com todos os delegados e delegadas sindicais escolhidos - em Natal

Postado Por: Paulo José

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

NOVOS EDITAIS

INÍCIO DAS OBRAS DA NOVA SEDE DA FETARN





Até que enfim tivemos a felicidade de ver o início das obras de construção da sede da nossa FETARN. Hoje (sábado) por volta das 10h14m, as máquinas encostaram e realmente começaram a realizar a demolição e transportar os materiais de escombros. Uma máquina enchedeira e sete caçambas trataram de retirar todos os entulhos e deixando o terreno praticamente nivelado.
Conversando com o responsável direto pela execução da obra o Sr. Domingos Sávio, o mesmo afirmou que tão logo se concretize o nivelamento do terreno, a construtora irá iniciar a parte de fundação do prédio. Dialogando com um dos responsáveis pela construtora AMH Comércio e Serviços Ltda. Sr. Helder Bonifácio disse que brevemente irá instalar o canteiro da obra, bem como, o barracão para permanência dos trabalhadores.
Para Ambrósio Lins - Presidente da FETARN, esse momento marcará o início de uma nova fase para a Diretoria da Federação, que a partir de agora irá acompanhar mais de perto a execução. Manoel Cândido – Tesoureiro da FETARN, demonstra mais tranquilidade, tendo em vista a ansiedade dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, em ver o início e conclusão do empreendimento, que atenderá de forma mais ampla e confortável as necessidades dos sindicatos filiados, bem como dos seus associados e associadas.

Fonte. Gilberto Silva
Assessor FETARN