Durante toda a manhã e início da tarde
desta quarta-feira (20), mais de 1.500 agricultores e trabalhadores rurais de
nove polos sindicais coordenados pela Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte – FETARN, participaram da 17ª
edição do Grito da Terra RN, realizada no Centro Administrativo de Natal.
Por volta de 12h, o governador Robinson
Faria, acompanhado de secretários e assessores, compareceu a mobilização para
dar respostas as reivindicações das mulheres e homens do campo. Além de entregar um documento formalizando o compromisso
de atender os principais pontos da pauta do Grito da Terra, ele afirmou em seu
discurso que o governo estadual está de portas abertas aos movimentos sociais e
sindicatos.
“Recebemos com todo carinho e atenção a
pauta do Grito da Terra. Estou entregando um documento a FETARN formalizando o
nosso compromisso com o meio rural. Entre as boas notícias que já posso
divulgar agora está a retomada das obras na Estrada da Produção. Acredito que
até o final do ano, o primeiro trecho, que liga São Tomé a Cerro Corá, deverá
estar concluído”, afirmou.
Robinson Faria também assumiu o
compromisso da contrapartida do Garantia Safra, a ativação do Comitê de Convivência
com a Seca, além de um planejamento hídrico para as próximas décadas e não
somente a realização de ações emergenciais. Por fim, o governador garantiu seis
ônibus para a delegação de mulheres que irá participar da Marcha das Margaridas,
em Brasília.
O presidente da FETARN, Manoel Cândido da
Costa avaliou de forma positiva o evento. “Entregamos a pauta do Grito da Terra
ao governador Robinson Faria no dia 10 de abril, durante uma reunião no
auditório da Governadoria. Desde então participamos de diversas reuniões com as
secretarias do Estado, INCRA, INSS e EMATER para debater as reivindicações do
meio rural. Hoje recebemos um documento com respostas concretas. A ideia é dar
continuidade a esse debate, analisar as respostas com a diretoria e assessores da
Federação, bem como com os polos sindicais para dessa forma podermos acompanhar
e cobrar a realização das ações”, disse.
Sobre
a pauta
Entre as principais reivindicações do
meio rural estão ações emergenciais como a reativação do Comitê Estadual de
Acompanhamento Permanente das Ações de Convivência com o semiárido;
abastecimento de água para municípios em estado de emergência, implementação do
fundo de convivência com o semiárido, construção de 8 mil cisternas de placas e
6 mil do tipo calçadão, perfuração, instalação ou recuperação de 300 poços
tubulares e atendimento de 75 mil cotas do Programa Garantia Safra.
O documento solicita ainda a garantia da
conclusão e do funcionamento da Central de Comercialização de Produtos da
Agricultura Familiar, recuperação de estradas imprescindíveis para o escoamento
da produção, isenção fiscal de ICMS para insumos agrícolas e ração animal para os
pequenos agricultores, reestruturação da assistência técnica e contratação por
meio de concursos públicos de novos profissionais, regularização fundiária de
13 municípios das regiões do Mato Grande e Alto Oeste, ratificação dos títulos
de propriedades da Serra de Santana, além de ações relacionadas à habitação
rural, jovens e mulheres, segurança, recuperação e construção de escolas no
campo, creches e centros de inclusão digital.
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