sábado, 16 de março de 2013

“Os agricultores do Seridó já amanhecem o dia preocupados se ainda tem xiquexique pra alimentar o gado”, diz Fetarn

6738 Fotos da caminhada: Crédito de Ilmo Gomes 
Dezenas de agricultores saíram às ruas de Caicó nesta semana soltando um “grito” de socorro que estava preso na garganta, desde que o período de estiagem começou e, até agora não viram uma providência mais enérgica por parte dos governos. O movimento reuniu vários sindicatos e movimentos sociais que com faixas e cartazes nas mãos, visitaram órgãos federais como a Conab e caminharam pelas ruas até o Centro Pastoral Dom Wagner, onde entregaram um documento de reivindicações a várias autoridades da cidade e região.Para Assis Araújo, diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte, o movimento foi positivo do ponto de vista pela presença dos sindicatos e movimentos sociais, mas é preciso que a classe política do Estado, principalmente os da região do Seridó se unam em defesa dos que ainda tem coragem de permanecerem no meio rural.
A situação do homem do campo chegou ao estágio máximo. Saiu da emergência e entrou para o colapso, aonde os agricultores ao amanhecer do dia já está preocupado onde ainda existir xiquexique pra queimar e alimentar seu pequeno rebanho que está se dizimando. A ração animal a cada dia que passa fica mais cara e o acesso ao milho da Conab é dificultando ainda mais”, disse Assis em entrevista ao Blog do Marcos Dantas.
Na Conab, a comissão entregou um documento ao chefe do Escritório caicoense, João dos Santos onde pediram, dentre outras coisas a prorrogação do milho subsidiado para 18 reais e 12 centavos para os agricultores familiares, que a Conab crie uma comissão para acelerar o processo de liberação dos boletos para que o agricultor tenha um melhor acesso ao milho e que seja investigada denúncias envolvendo o escritório caicoense.
Temos denúncias de pessoas que nem animais têm mais e que continuam pegando milho na Conab e vendendo, e que seja priorizado o agricultor familiar, aquele que se utiliza do seu pequeno rebanho pra poder fazer sua feira. Quem tem outros meios precisa também ser atendido, mas primeiro o agricultor-familiar”, finalizou Assis.

Blog do Marcos Dantas, Caicó

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